13 de mai. de 2010

Benquerença a Bragança

De uma rica história, de um passado auréo de prosperidade e riquezas no Pará e na Amazônia de modo geral, Bragança ainda guarda como características mais marcantes a hospitalidade de seu povo, a tradição festiva, a religiosidade e para não esquecer, é claro, a famosa farinha d'agua conhecida até internacionalmente. Tem grandes atrativos naturais, como os grandes campos naturais, os imensos manguezais, as praias, tendo como principal a de ajuruteua e os inúmeros igarapés de água doce e fria que refrescam os ânimos de qualquer visitante.
Viver aqui com as peculiaridades do lugar, da vida simples, dos traços liguisticos não muito comuns graças as influências Européia, africana e indígena faz sentir um saldosismo dos tempos que se foram, sem porém desconsiderar os tempos bons que se achegam. Ao pensar, ver e vivenciar tudo isso sintimo-nos intensamente orgulhosos por ter sido privilegiados em receber de Deus um valioso presente, este "paraíso na terra". É verdade, Bragança soube em muito aproveitar as dádivas divinas e o conhecimento humano para fazer história, entretanto, nem tudo em um belo jardim são flores! Existem também ali espinhos, insetos, persevejos, lagartas e besouros presentes, mas camuflados ou de certo modo passando despecebidos na imensidão da beleza que se achega aos olhos. É assim que tenho percebido, visto, vivenciado no cotidiano Bragantino, o contrário do aproveitamento que tivemos com as dádivas das criações humanas, aquelas construidas no tempo histórico, o tempo do homem, diferentes das construções do tempo da natureza. Refiro-me à grande riqueza histórica cultural e arquitetônica que se perde a cada dia que passa em nossa cidade, e que em muito entristesse. Tenho visto o antigo vice-consulado português ir ao chão com as traças, baratas, besouros, ratos, e persevejos. A residência Aspásia resiste ao tempo com apoio de vigas de madeira, diferente de outros que ja foram ao chão, o prédio da casa da cultura em ruínas, o mercado municipal datado de 1911, o palacete Augusto Correa, sede do executivo municipal desativado, o prédio da escola Monsenhor Mâncio prestes a desabar, assim como o antigo hotel dos viajantes que resiste mostrando na paisagem um tempo que se foi, mas que permanesse até não se sabe quando mantido na faixada que ainda não desmoronou, vejo tudo indo e se perdendo em meio ao caos, acaso e descaso. Não bastasse a triste perda do ilustre mestre "Verequete" que deixou suas marcas que jamais se apagarão neste estado, que no entanto vem sendo esquecida ou nem foi lembrada nesses lados de cá, pois há quem não o tenha conhecido, ouvido e adimirado seu talento, tão pouco sabe que sua estrela brilhou primeiro nessas terras abençoadas, isso mesmo, o mestre é filho da terra, terra esta que fecha seus olhos ao espaço-tempo, a cultura-arte e a história-homem, deixando perder tudo o que de mais valioso temos aqui, a história e geografia local.

7 de mai. de 2010

Uma vergonha para o criador

Se bem utilizada, internet pode ajudar na escola

Sexta-feira, 07/05/2010, 16h27

Nem tudo na web é prejudicial ao aluno

Aos olhos de muitos pais e professores, internet e estudo nunca foram uma boa combinação. Bate-papos virtuais, sites de jogos online e outras "diversões" da rede são constantemente associados a notas e rendimento escolar baixos. Mas nem tudo na web é prejudicial ao aluno: diversos sites permitem que estudantes, de um jeito mais divertido, tenham contato com temas considerados difíceis em sala de aula. "A internet já é uma realidade em praticamente todas as casas e isso não pode ser ignorado. Se bem utilizada, pode ser uma ferramenta muito útil de auxílio ao aluno", afirma a pedagoga Aline Feijó. Ao navegar pela rede, crianças e adolescentes encontram um verdadeiro arsenal para auxiliar em pesquisas e trabalhos escolares. O Museu da Língua Portuguesa (museulinguaportuguesa.org.br), em São Paulo, traz em seu portal informações sobre exposições, fotos das dependências do local, além de textos que podem ajudar os estudantes na hora de fazer uma redação. Se a dúvida for sobre História do Brasil, a página do Museu Histórico Nacional (www.museuhistoriconacional.com.br), no Rio, possui amplo arquivo sobre fatos e acontecimentos relevantes da história do país. Para Bruno Engel, 11 anos, a internet é um poderoso aliado dos trabalhos solicitados por professores em sala de aula. Por isso, sempre que precisa se aprofundar mais sobre determinado assunto, recorre a sites de pesquisa como Google (www.google.com.br) e Wikipedia (www.wikipedia.org). Pesquisas na rede "É muito melhor do que pesquisar em jornais e revistas, que podem não falar sobre o assunto que eu preciso. A internet é mais rápida", explica. Além de ajudar o aluno, pais e professores também costumam recorrer ao Google para evitar que recursos com o copiar e colar sejam utilizados por estudantes. "Geralmente acompanho a pesquisa junto com meu filho. Mas mesmo assim, depois que ele termina, costumo jogar alguns trechos do texto no Google para ver se ele não copiou na íntegra, ao invés de apreender o sentido e fazer sua própria redação", revela Ana Cristina Fiedler, mãe de Bruno. Para estimular a criatividade, alguns sites apostam na interatividade para conquistar usuários mirins. É o caso da Máquina de quadrinhos (www.maquinadequadrinhos.com.br), que disponibiliza personagens da Turma da Mônica para que aspirantes a escritor possam desenvolver suas próprias histórias em quadrinho. Se o objetivo do aluno for saber um pouco mais sobre temas como ecologia, saúde, e ainda conhecer a realidade de comunidades de baixa renda, o site Cambitolândia é o endereço ideal. Com jogos, histórias e diversas atividades interativas, a página do personagem Cambito tem tudo para divertir - e ensinar - crianças e adolescentes. Consideradas as grandes vilãs pela maioria dos estudantes, matérias como Matemática, Física e Química podem ser aprendidas de um jeito mais divertido. O Ministério da Educação (http://rived.mec.gov.br/site_objeto_lis.php ) e a Escola do Futuro da USP (http://www.labvirt.fe.usp.br/indice.asp )criaram, em seus respectivos portais, jogos interativos que ensinam noções destas matérias aos estudantes. Apesar de tantos atrativos, a internet não deve ser utilizada sem um monitoramento de pais e professores. Estabelecer um limite máximo de horas passadas em frente à tela do computador é um dos maiores dilemas entre pais e filhos. "Apesar de sites divertidos e ferramentas de auxílio para pesquisas, a criança e o adolescente não podem esquecer-se de praticar um esporte, ler um livro e sair com os amigos. A internet deve ser apenas mais uma delas", afirma Aline. (O DIA)